No post anterior sobre campo harmônico menor, retomamos a escala menor natural e vimos quais são os possíveis acordes de serem formados a partir de cada grau da escala, certo? Sabemos que além da escala menor natural, existe a escala menor harmônica e a menor melódica.
Essas escalas apresentam acidentes ocorrentes que as diferenciam entre si e, consequentemente, possibilitam a formação de acordes variados. Assim, conforme a escala empregada é possível encontrar acordes diferentes do campo harmônico da escala menor natural.
Hoje veremos o campo harmônico de uma escala menor harmônica, aquele em que o 7º grau é alterado um semitom acima.
Vamos começar pela escala Rém harmônica. Veja as imagens a seguir:
Lembre-se que no modo menor harmônico, o 7º grau da escala é alterado em um semitom acima do que seria na escala menor natural. Nesse caso, o sétimo grau é dó#. Agora veja as possíveis tríades que podemos montar a partir dessa escala.
Perceba que dó# torna-se a sensível da escala de Rém harmônica e permite a formação do acorde de LáM, quinto grau da escala e também acorde de dominante no tom. Mais um exemplo?
Veja:
No segundo exemplo, temos o campo harmônico de Fá menor. Sua armadura de clave deriva de Láb maior, certo? Além disso, por se tratar da escala menor harmônica, o 7º grau será alterado, então o mib passa a ser mi natural.
Perceba que não importa qual seja a tonalidade, a qualidade dos acordes é sempre a mesma. Assim, no 1º grau teremos um acorde menor, no 2º um diminuto e assim por diante.
Além disso, a alteração do 7º grau permite a formação de uma dominante maior no quinto grau da escala. No caso da tonalidade de Fá menor, o 5º grau formaria o acorde de Dó menor, no entanto, com o 7º grau alterado (mi natural), podemos formar o acorde de Dó maior.
Procure identificar a tonalidade da música que está praticando e escrever o campo harmônico dela, assim você pode identificar os acordes enquanto pratica. Espero ter ajudado. Qualquer dúvida, escreva no comentários. Até mais!
Fonte: Ramires, Marisa. Harmonia: uma abordagem prática. 2010.