No último post sobre formas musicais, aprendemos o que é sonata, um tipo de composição que se originou das transformações da suíte. Hoje, veremos a forma sonata.
A estrutura do primeiro movimento da sonata clássica foi tão bem sucedida que ela passou a ser usada para outras composições, como: concertos, sinfonias e quartetos de cordas. Essa estrutura é conhecida como forma sonata. Portanto, nesse artigo falaremos da forma sonata, uma estrutura formal usada para compor os gêneros citados anteriormente.
A forma sonata geralmente encontrada no primeiro movimento de uma peça é um estrutura ternária constituída por três seções: exposição, desenvolvimento e reexposição. Assim, veremos as características principais de cada uma dessas seções:
- Exposição: nessa seção encontraremos dois temas que são as duas ideias principais da peça. Assim, são duas melodias contrastantes que irão reaparecer de formas variadas ao decorrer da música. O primeiro tema é escrito na tonalidade da peça e tem caráter rítmico. Já o segundo geralmente é escrito uma quinta acima da tonalidade principal e tem caráter melodioso. Essas duas ideais são ligadas por um trecho que chamamos de ponte que é uma passagem modulatória entre os dois temas.
- Desenvolvimento: essa seção é destinada a “desenvolver” o material apresentado na exposição. Assim, nesse trecho pode-se encontrar fragmentos dos dois temas principais ou mesmo da ponte. Dessa forma, o compositor pode trabalhar essas ideias encurtando-as, extendendo-as, atribuindo novos ritmos ou apresentando-as em outras tonalidades.
- Reexposição: essa seção serve de recapitulação para as ideias iniciais da exposição. Assim, pode ouvir-se o primeiro tema na tônica, mas a ponte sofre algumas alterações para que conduza ao segundo tema também na tônica. O compositor finaliza esse trecho com uma coda, encerrando assim o primeiro movimento da peça.

A estrutura acima é apresentada no primeiro movimento da sonata e de outras peças. Para melhor exemplificar, colocarei aqui uma playlist com alguns exemplos de primeiros movimentos de sonatas clássicas. Nesses casos, podemos observar a estrutura da forma sonata com algumas variantes. Espero que gostem. Qualquer dúvida, escreva nos comentários. Obrigada!
Link para playlist:
Fonte: Benett, Roy. Uma breve história da música. Editora Zahar.
Zamacois, Joaquín. Curso de formas musicales. Editorial Labor.
Music: the definitve visual history. Dorling Kindersley London.