Visita monitorada no Theatro Municipal

Você já visitou o centro histórico de São Paulo? Andou pela Praça Ramos de Azevedo e se deparou com uma prédio que parece ser de outro tempo? Bem, esse é o Theatro Municipal. Uma construção que destoa da maior parte do entorno, mas que não deixa de ser belíssima e, com certeza, de chamar muito atenção. Hoje, gostaria de falar da possibilidade de conhecer o lugar através da visita educativa. Para aqueles que gostam de música, arquitetura ou história é um ótimo passeio.

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Escalas menores

Quem leu os artigos anteriores já sabe que existe diversas escalas. Aqui no blog já vimos como formar uma escala maior. Hoje veremos como montar uma escalar menor. Ela pode se apresentar de três formas: menor natural, harmônica ou melódica. Mas vamos com calma, pois nesse artigo estudaremos a escala menor natural, também conhecida como menor antiga.

Bem, já sabemos que para entender a lógica da escala, precisamos conhecer os intervalos. Assim, vejamos como se organizam os intervalos entre as notas de uma escala menor natural:

I – tom – II – semitom – III – tom – IV – tom – V –  semitom – VI –  tom – VII – tom  – VIII. 

Atenção à localização do semitom na escala. No caso da escala menor natural, eles estão entre os 2º e 3º graus e o 5º e o 6º.

Agora que já sabemos como formar a escala menor, vamos pensar sobre seus acidentes. Você se lembra sobre a armadura de clave? Cada tonalidade tem a sua. Como encontramos a armadura de clave das tonalidades menores? Para isso, você deve identificar a sua relativa maior. Está confuso? Relaxe.

As tonalidades maiores têm um padrão intervalar a ser seguido e para isso, elas precisam dos acidentes (bemol e sustenido). Esses acidentes estão na armadura de clave. Está lembrado? Muito bem, para saber os acidentes das tonalidades menores basta pensarmos na nota situada um 3ª menor (um tom e meio) acima da fundamental. Veja:

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Fá maior

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Ré menor

Nesse exemplo, temos duas tonalidades: Ré menor e sua relativa, Fá maior. Ambas possuem o si bemol na armadura de clave. Se você tocar as duas escalas no piano usando esse acidente, vai perceber que ele é o único acidente necessário para manter os intervalos característicos das duas escalas.

Então, vamos aos passos:

  1. Escolha uma tonalidade menor;
  2. A partir da nota tônica da escala escolhida, conte um intervalo de terça menor para cima;
  3. Encontrada a nota do intervalo, verifique sua armadura de clave;
  4. Lembre-se você está agora com a armadura de clave da relativa maior. Use esses acidentes para montar a escala da tonalidade menor desejada.

Esses passos servem para encontrar os acidentes de qualquer tonalidade menor. Tente praticar no seu instrumento.

Qualquer dúvida, escreva nos comentários. Obrigada!

Campo Harmônico Maior

Olá, pessoal.

Aqui no blog, já falamos sobre intervalos, semitom, escalas maiores, acordes maiores, ciclo das quintas e inversões dos acordes. Puxa, quanta coisa. Aprendemos quase toda gramática das tonalidades maiores, não é? Para encerrar essa parte da teoria musical, vamos falar sobre campo harmônico maior.

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Prática de acordes maiores

Alguma vez já aconteceu de você estar tocando uma música e o professor perguntar que acorde era aquele e você não saber responder? Eu já vi essa cena e mais de uma vez.

Quando comecei a tocar piano, eu não tinha o hábito de analisar a música quando começava a estudá-la. Não sabia muito de harmonia e por isso tocava sem perceber quais acordes estava executando.

Quando entrei na faculdade, aprendi harmonia e, então, comecei a analisar e perceber os acordes das músicas com mais facilidade. Hoje, toda vez que começo a estudar uma nova música, eu toco percebendo a harmonia e seus acordes. Faço isso, porque percebi que assim é mais fácil memorizar a música e saber para onde ela, possivelmente, conduzirá.

Muitas vezes, os alunos sabem reconhecer os acordes na partitura, mas têm um pouco de dificuldade de montá-los no piano. Por isso, hoje trouxe uma sugestão de exercício simples para que você possa praticar os acordes maiores.

O exercício consiste em praticar os dozes acordes maiores e suas inversões. Para isso, começamos a partir do acorde de DóM e passamos de semitom em semitom. Veja:

  • Acordes de DóM – FáM
  • Acordes de Fá#M – SiM

 

Como fazer?

  • Mão esquerda: sempre toca a tônica e a 5ª nota do acorde. Você deve segurar essas duas notas por quatro tempos, para cada inversão.
  • Mão direita: toca as tríades em quatro tempos. Começa pelo acorde no estado fundamental (4X), passa para 1ª inversão (4X) e depois, para 2ª inversão (4X).
  • A mudança de acorde é feita por semitons. A sequencia é: DóM, Dó#M, RéM, MibM e assim por diante.
  • A repetição feita em 4 tempos serve para você ter tempo de pensar na posição do próximo acorde.

Tente praticar em casa. Cinco minutos do seu tempo de estudo é suficiente. Qualquer dúvida, mande nos comentários. Até mais!

Acordes e suas inversões

Olá, pessoal!

Agora que já sabemos como montar os acordes maiores, vamos invertê-los.

Um acorde (ou uma tríade) pode apresentar suas notas em três posições diferentes: estado fundamental, primeira inversão e segunda inversão. Isso quer dizer que as três notas podem aparecer em ordens distintas e, ainda assim, formarem o mesmo acorde.

Primeiramente, vamos nomear as notas que formam um acorde: sendo um acorde de DóM, temos as notas: dó, mi e sol. Assim, dó seria a tônica, mi, a terça, e sol, a quinta.

Agora, observe a imagem:

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DóM e suas inversões

Nesse exemplo, temos a tríade de DóM. Para definirmos em que posição está um acorde (est. fundamental, 1ª ou 2ª inversão), devemos verificar qual de suas notas é a mais grave. Assim:

  • Se a tônica for a nota mais grave, o acorde estará em estado fundamental
  • Se a terça for a nota mais grave, o acorde estará na 1ª inversão
  • Se a quinta for a nota mais grave, o acorde estará na 2ª inversão

Veja mais um exemplo:

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FáM e suas inversões

No exemplo acima, temos o acorde de FáM que é composto pelas notas: fá, lá e dó. Assim, quando:

  • a nota fá está no baixo, temos a tríade em estado fundamental
  • a nota lá está no baixo, temos a tríade na 1ª inversão
  • a nota dó está no baixo, temos a tríade na 2ª inversão

Muito bem, agora tente escrever alguns acordes maiores e suas inversões e, depois, tente tocá-los no seu instrumento.

Por fim, por que é importante que você saiba reconhecer as inversões dos acordes? Bem, quando você reconhece um acorde, você consegue analisar a estrutura da música que está tocando. Isso facilita muito sua memorização e, consequentemente, sua execução.

Qualquer dúvida, mande nos comentários. Obrigada!

Ciclo das quintas

ciclo-das-quintas Mas o que é esse tal de ciclo das quintas? Olhando pela primeira vez pode parecer complicado, mas é bem simples. Hoje vamos aprender como funciona o ciclo das quintas a partir do que já sabemos das escalas maiores.

Primeiramente, preciso perguntar: você já leu os artigos sobre intervalos e escalas maiores? Se ainda não leu, volte lá que te espero aqui.

Bem, nós já sabemos que as escalas maiores seguem um padrão intervalar para serem construídas, certo? Lembrando que o padrão é: tom, tom, semitom, tom, tom, tom, semitom. Para conseguir esses intervalos precisamos usar acidentes (sustenido e bemol). Veja os exemplos a seguir:

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Escala de Dó maior

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Escala de Sol maior

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Escala de Ré maior

Toque essas três escalas no piano usando os acidentes indicados pela armadura de clave. Percebeu que sem eles os intervalos da escala maior não seriam mantidos? Além disso, eu coloquei essas três escalas de propósito. Perceba que a primeira, de DóM não necessita de nenhum acidente; a segunda, SolM leva um acidente (fá#) e a terceira, RéM leva dois (fá# e dó#). Essas escalas estão em ordem de quintas justas, pois entre dó e sol há uma quinta justa (um intervalo de três tons e meio), depois entre sol e ré, mais um intervalo de quinta justa. Assim, a ordem das tonalidades seria: DóM, SolM, RéM, LáM, MiM, SiM, Fá#M, Dó#M, Sol#M (LábM), Ré#M (MibM), SibM e FáM.

Os sustenidos da armadura de clave seguem a seguinte ordem: fá – dó – sol – ré – lá – mi – si. Isso quer dizer que o # na linha do sol não vai aparecer sem antes ter aparecido nas linhas de fá e dó. Já a ordem dos bemóis na armadura de clave é o inverso: si – mi – lá – ré – sol – dó – fá.

Volte na imagem do topo, nela as tonalidade estão em um círculo em que seguem a ordem descrita. No lado esquerdo da imagem aparecem as armaduras de clave com bemóis, isso porque algumas tonalidades são mais fáceis de serem memorizadas se usarmos os bemóis ao invés dos sustenidos. Por exemplo, o caso de Dó#M e RébM, ambas tem o mesmo padrão intervalar, mas em RébM acabamos usando um acidente a menos.

Para memorizar os acidentes, pratique as escalas em seu instrumento seguindo a ordem do ciclo: primeiro DóM, depois SolM, RéM e assim por diante. Procure, enquanto toca, perceber os intervalos das escalas maiores. Assim, você pratica de forma consciente, ajudando na memorização.

Qualquer dúvida, me escreva. Até mais!

Acordes maiores

Olá! No último post aprendemos a lógica para construção de uma escala maior. Hoje veremos os acordes maiores.

Acorde ou tríade é um grupo de três notas tocadas simultaneamente. Os acordes podem ser classificados em maior, menor, aumentado e diminuto. Para cada uma dessas sequencias há um padrão intervalar aplicado.

Você se lembra de tom e semitom? Na nossa primeira aula sobre intervalos vimos o que é cada um deles. Para montar um acorde precisamos pensar na sua estrutura de tons e semitons. Um acorde maior é formado pelos intervalos de 3ª maior e 5ª justa. Veja o exemplo no teclado do piano:

Uma terça maior é formada por dois tons. Assim, temos ré formando um tom e ré-mi mais um tom.

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3ªmaior

Uma 5ª justa é formada por três tons e um semitom. Assim, temos: dó-ré, ré-mi, mi-fá# formando três tons e fá#-sol formando um semitom.

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5ªjusta

Você também pode pensar no acorde maior como sendo formado por uma 3ª maior mais uma 3ª menor. Veja:

Essa segunda forma de pensar pode ser visualmente mais fácil de perceber no instrumento.

Para facilitar a comunicação, vamos chamar a 1ª nota de fundamental, a do meio de terça e a última de quinta. Assim, em Dó maior, temos: dó (fundamental), mi (terça) e sol (quinta).

Podemos formar um acorde maior a partir de cada uma das doze notas. Veja:

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Tríades maiores

Tente praticar a formação dos acordes maiores no seu instrumento e sua respectiva grafia na pauta. Essa prática ajudará a reconhecer os acordes nas futuras peças que você irá executar.

Qualquer dúvida, mande nos comentários. Obrigada!

Escalas Maiores

Quando estudamos música, ouvimos constantemente a palavra “escala”. Pode ser que você já até tenha ouvido que é sempre importante praticar escalas para tocar bem piano. Mas o que são escalas? Como formamos as escalas? Como sei quando devo tocar uma “nota preta”?

Escala é uma sucessão de notas que segue um determinado padrão. Na música, existem diversas escalas: maior, menor, pentatônica, cigana, de tons inteiros, entre outras. No entanto, é mais comum encontrarmos as duas primeiras. Nesse post, veremos como são formadas as escalas maiores.

As escalas maiores são doze no total. Imagine o teclado de um piano. Cada oitava tem doze teclas ou doze notas, certo? A partir de cada uma dessas notas podemos formar uma escala maior. Assim, a partir de cada nota teremos uma sequencia de oito sons, em que o primeiro e o último são a mesma nota.

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Oitava no piano

Agora a pergunta que não quer calar: como saber quais notas tocar? Como eu sempre digo em aula: essa não é uma escolha aleatória. A sequencia tem uma lógica. No artigo sobre intervalos, vimos a definição de tom e semitom. Eu disse que eles são nossas unidades básicas para construção das estruturas musicais. Portanto, usaremos esses intervalos para entendermos nossa sequencia.

As oito notas da escala maior obedecem um padrão intervalar:

I – tom – II – tom – III – semitom – IV – tom – V –  tom – VI –  tom – VII –  semitom – VIII. 

Essa sequencia pode ser aplicada a partir de qualquer nota e assim, formar uma escala maior. É importante notar a posição dos semitons: eles ficam entre os 3º e 4º, e 7º e 8º graus. Dessa forma, se começarmos a sequencia a partir da nota dó, então teremos a escala de Dó maior. No total, temos doze escalas maiores: DóM, Dó#M, RéM e assim por diante.

Compreender a estrutura de uma música facilita sua execução. A identificação da tonalidade de uma peça é uma boa forma de iniciar essa compreensão. Portanto, entender a formação e memorizar as escalas maiores é peça importantíssima para entender essas estruturas.

Qualquer dúvida, deixe nos comentários. Obrigada!

Semitom

Neste post, falaremos sobre mais uma classificação importante dentro da teoria musical: semitom cromático e semitom diatônico. Você já leu o post sobre intervalos musicais? Bem, caso não tenha lido vou retomar um conceito importante: semitom.

Semitom é o menor intervalo entre uma nota e sua vizinha. No teclado do piano, um semitom é o espaço entre uma tecla e outra, sem que haja uma tecla no meio delas.

Os semitons podem ser divididos em:

  • Semitom diatônico: compreende notas com nomes diferentes. Exemplo:

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semitom diatônico

  • Semitom cromático: compreende notas com o mesmo nome. Exemplo:

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semitom cromático

Em posse dessas duas definições, podemos compreender o significado de enarmonização. Esse termo é usado para designar o ato de nomear a mesma nota com nomes diferentes. Veja o exemplo a seguir:

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Nesse caso, as notas foram alteradas de maneira a designarem o mesmo som. Assim, nos dois primeiros compassos, temos sol e fá (dobrado sustenido); no terceiro e quarto compassos, temos ré e mi (dobrado bemol) que também compreendem a mesma nota. Experimente tocar essas notas e outras no piano. Escreva-as no pentagrama com os devidos acidentes de modo a praticar a enarmonização.

Mas para que serve a enarmonia das notas? No caso do piano, a escolha de qual grafia usar depende do contexto harmônico da música em questão. Nos próximos artigos, falaremos sobre escalas e tríades, onde o conceito de enarmonia ficará mais claro.

Qualquer dúvida, mande nos comentários. Obrigada!

Fonte: Exercícios de teoria musical, uma abordagem prática (Marisa Ramires).