A mulher que construiu os pianos de Beethoven

Você sabia que esse ano comemora-se 250 anos do nascimento de Beethoven? O compositor nasceu em 1770 na Alemanha. Por conta da data tão especial diversas organizações culturais estão publicando e organizando conteúdos sobre sua obra. Dessa vez vamos falar de uma figura que conviveu com Beethoven e é pouco lembrada na história da música: Nannette Streicher, construtora de pianos.

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Campo harmônico menor

Você já sabe montar as três escalas menores? Aqui no blog, já vimos a escala menor natural, harmônica e melódica. Essas denominações são usadas para nomear os possíveis acidentes dentro de uma escala menor. Isso ocorre porque dentro de uma mesma música podemos encontrar trechos que utilizem uma escalar menor harmônica e depois, uma melódica, por exemplo.

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Prática de acordes maiores

Alguma vez já aconteceu de você estar tocando uma música e o professor perguntar que acorde era aquele e você não saber responder? Eu já vi essa cena e mais de uma vez.

Quando comecei a tocar piano, eu não tinha o hábito de analisar a música quando começava a estudá-la. Não sabia muito de harmonia e por isso tocava sem perceber quais acordes estava executando.

Quando entrei na faculdade, aprendi harmonia e, então, comecei a analisar e perceber os acordes das músicas com mais facilidade. Hoje, toda vez que começo a estudar uma nova música, eu toco percebendo a harmonia e seus acordes. Faço isso, porque percebi que assim é mais fácil memorizar a música e saber para onde ela, possivelmente, conduzirá.

Muitas vezes, os alunos sabem reconhecer os acordes na partitura, mas têm um pouco de dificuldade de montá-los no piano. Por isso, hoje trouxe uma sugestão de exercício simples para que você possa praticar os acordes maiores.

O exercício consiste em praticar os dozes acordes maiores e suas inversões. Para isso, começamos a partir do acorde de DóM e passamos de semitom em semitom. Veja:

  • Acordes de DóM – FáM
  • Acordes de Fá#M – SiM

 

Como fazer?

  • Mão esquerda: sempre toca a tônica e a 5ª nota do acorde. Você deve segurar essas duas notas por quatro tempos, para cada inversão.
  • Mão direita: toca as tríades em quatro tempos. Começa pelo acorde no estado fundamental (4X), passa para 1ª inversão (4X) e depois, para 2ª inversão (4X).
  • A mudança de acorde é feita por semitons. A sequencia é: DóM, Dó#M, RéM, MibM e assim por diante.
  • A repetição feita em 4 tempos serve para você ter tempo de pensar na posição do próximo acorde.

Tente praticar em casa. Cinco minutos do seu tempo de estudo é suficiente. Qualquer dúvida, mande nos comentários. Até mais!

Acordes maiores

Olá! No último post aprendemos a lógica para construção de uma escala maior. Hoje veremos os acordes maiores.

Acorde ou tríade é um grupo de três notas tocadas simultaneamente. Os acordes podem ser classificados em maior, menor, aumentado e diminuto. Para cada uma dessas sequencias há um padrão intervalar aplicado.

Você se lembra de tom e semitom? Na nossa primeira aula sobre intervalos vimos o que é cada um deles. Para montar um acorde precisamos pensar na sua estrutura de tons e semitons. Um acorde maior é formado pelos intervalos de 3ª maior e 5ª justa. Veja o exemplo no teclado do piano:

Uma terça maior é formada por dois tons. Assim, temos ré formando um tom e ré-mi mais um tom.

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3ªmaior

Uma 5ª justa é formada por três tons e um semitom. Assim, temos: dó-ré, ré-mi, mi-fá# formando três tons e fá#-sol formando um semitom.

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5ªjusta

Você também pode pensar no acorde maior como sendo formado por uma 3ª maior mais uma 3ª menor. Veja:

Essa segunda forma de pensar pode ser visualmente mais fácil de perceber no instrumento.

Para facilitar a comunicação, vamos chamar a 1ª nota de fundamental, a do meio de terça e a última de quinta. Assim, em Dó maior, temos: dó (fundamental), mi (terça) e sol (quinta).

Podemos formar um acorde maior a partir de cada uma das doze notas. Veja:

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Tríades maiores

Tente praticar a formação dos acordes maiores no seu instrumento e sua respectiva grafia na pauta. Essa prática ajudará a reconhecer os acordes nas futuras peças que você irá executar.

Qualquer dúvida, mande nos comentários. Obrigada!

A loja de pianos da Rive Gauche

Você sabe como funciona o mecanismo de um piano? Gosta de saber curiosidades sobre o instrumento? Já teve aulas e guarda com carinho recordações desses momentos? Bem, se você se identificou com uma dessas perguntas e também gosta de ler, talvez eu tenha uma sugestão de livro para você.

Nesse post, vou indicar uma leitura que fiz recentemente: A loja de pianos da Rive Gauche (autor: T.E. Carhart). Eu comprei esse livro naquela lojinha de música da Sala São Paulo já faz algum tempo, mas só agora consegui ler.
O autor que trabalha como escritor free lancer na França, escreve sobre sua relação com a música e sua paixão por pianos. O romance já começa de forma curiosa: em seu caminho diário, o autor se depara com uma loja de pianos. No entanto, quando visita o lugar, descobre que só poderá se tornar um cliente quando outro cliente o indicar ao dono do estabelecimento.

O texto não é somente uma narrativa de fatos vivenciados pelo autor. Em muitos trechos, podemos ler sobre compositores famosos, fábricas de piano, funcionamento do instrumento, pianistas famosos, aulas de piano e muito mais.

Se em algum momento você frequentou aulas particulares de piano, pode ser que se identifique com diversas cenas do livro, como o trecho em que o autor fala sobre os recitais de fim de ano:

“A comoção crescente que se criava fazia com que o acontecimento parecesse uma espécie de cerimônia pagã na qual os iniciados teriam que passar por uma prova de fogo a fim de ter reconhecido seu valor.”

Se apresentar em público pode ser uma tarefa bem difícil, não é verdade? Bem, essa é só uma das muitas situações descritas pelo autor em que muitos de nós podemos nos identificar. Por isso, recomendo o livro. É uma leitura muito agradável que, certamente, pode provocar ou reviver seu amor pela música.

Se tiver alguma sugestão de leitura, deixe nos comentários. Obrigada!